domingo, 14 de dezembro de 2008

As Latadas

A origem das Latadas remonta no século XIX altura em que, em Coimbra, os estudantes de Medicina e Teologia, que terminavam o ano lectivo mais cedo que todos os outros, se muniam das latas e saíam às ruas exprimindo ruidosamente a sua alegria e com o objectivo de incomodar os restantes colegas ainda em actividades lectivas.
Por volta dos anos 50 as Latadas passaram a realizar-se não no final do ano lectivo, mas sim no início. Desde então a Latada passa a ser um desfile pelas ruas da cidade onde os caloiros, formando duas filas e acompanhados pelos respectivos padrinhos, são orgulhosamente apresentados a toda a cidade e honradamente cumprem o juramento de caloiro. Em 1979, com o fim do Luto Académico, as Latadas regressaram mas, ao contrário daquilo que se fazia até então, após esta data passa a ser realizada apenas uma Latada para todas as faculdades, em grande parte devido ao aumento crescente de alunos e instituições. Esta regra chegou até aos dias de hoje, porém, em Ciências, a tradição de fazer uma Latada por faculdade manteve-se, fazendo com que os estudantes desta casa tenham a oportunidade de gozar de duas Latadas por ano.


in Cancioneiro, Matemática 2008/2009
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

As Insígnias

Como parte integrante do traje académico que são, as insígnias, devem ser apenas usadas juntamente com o traje pois são a única forma de distinguir estudantes. Mas uma distinção a nível académico não social. A insígnia representa o ano curricular frequentado pelo estudante que a usa bem como a Faculdade onde estuda (através da cor - em Ciências usa-se o azul claro).
São insígnias a semente, a nabiça, o grelo e as fitas.
Fitas - podem ser usadas por todos os que estejam em condições de acabar o curso nesse ano lectivo.
Grelo - pode ser usado a partir do penúltimo ano do curso.
Nabiça - pode ser usada no 3.º ano do curso.
Semente - esta insígnia pode ser apenas usada a partir do 2.º ano dos cursos de 5 anos.
As insígnias são impostas pelos padrinhos de curso no final de cada ano académico numa sessão solene de imposição de insígnias na qual os fitados recebem a cartola e a bengala, depois os grelados recebem as fitas e assim sucessivamente.
in Cancioneiro, Matemática 2008/2009
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

O traje académico

O traje académico tem origem nas velhas lobas (batinas) eclesiásticas e sempre foi composto pela capa e batina. Tal facto vem confirmar a inflência da Igreja sempre no ensino. è preciso não esquecer que até ao século XVIII, quem detinha o monópólio do ensino era o clero, nomeadamente a Companhia de Jesus. Só com a laicização do Estado é que esse monopólio começa a desmoronar-se.
É no século XIX que o Traje Académico vai sofrer as maiores alterações. No início desse século, os atentados ao traje eram tão exagerados que o próprio reitor resolveu impor-se. Nos finais do século XIX, as modificações ainda foram maiores.
O traje afasta-se cada vez mais das primitivas loba e baeta e aproxima-se a passos largos daquilo que conhecemos como Traje Académico.
O Traje Académico foi criado com o objectivo de não se diferenciarem estudanres de classes sociais diferentes uniformizando assim o conceito de estudante.
in Cancioneiro - Matemática 2008/2009
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto